quinta-feira, 20 de junho de 2013

Alckmin e Haddad falam em 'sacrifício' e corte de investimentos ao anunciar que tarifa volta a R$ 3


Após seis atos populares --pacíficos e violentos-- contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em São Paulo, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), anunciaram que a tarifa dos ônibus, metrô e trem voltará a ser de R$ 3. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada na noite desta quarta-feira (19) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Os dois governantes afirmaram que a revogação do aumento causará impacto nos investimentos e foi decidida para que a cidade retorne à normalidade.



"Quero dizer que no caso do metrô e trem, nós vamos revogar o reajuste dado, voltando a tarifa original de R$ 3. É um sacrifício grande, vamos ter que cortar investimentos, porque as empresas não têm como arcar com essa diferença. Vamos arcar com esses custos fazendo ajustes na área de investimentos", disse Alckmin.
"Conforme o governador disse, não há como fazê-lo sem dispensas no investimento. O investimento acaba sendo comprometido. Então, esse debate vai ser feito com a sociedade. As implicações dessa medida", afirmou Haddad.
A revogação do aumento das tarifas só entra em vigor na segunda-feira (24), já que, segundo Haddad, é preciso de ao menos cinco dias para que o sistema de cobrança seja ajustado. A integração dos ônibus com o metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) volta a custar R$ 4,65 --atualmente custa R$ 5.
Alckmin afirmou que a revogação do aumento "é um compromisso com a cidade". "Queremos tranquilidade para que a cidade possa voltar a funcionar e para que os temas legitimamente levantados nas manifestações possam ser debatidos com tranquilidade." Haddad disse que é um "gesto de aproximação, de manutenção do espírito democrático e do convívio pacífico" com a cidade.
Jurandir Fernandes, secretario estadual dos Transportes Metropolitanos, e Jimar Tatto, secretário municipal dos Transportes, acompanharam o anúncio. Júlio Semeghini, secretário estadual do Planejamento, afirmou que os custos para revogar o reajuste não virá das áreas da educação, saúde e habitação, mas de obras de infraestrutura que estão atrasadas.

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