quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aumento do ônibus complica o troco



A tarifa quebrada de ônibus na cidade de São Paulo (R$ 3,20), que passou a vigorar nesta semana, tem complicado a vida de quem trabalha e anda nos coletivos. Cobradores afirmam que têm dificuldades com o troco. Tem passageiro, inclusive, que já acabou pagando os antigos R$ 3 por falta de troco (veja depoimento abaixo).




O grande número de pessoas que usam Bilhete Único reduziu o fluxo do caixa nos últimos anos, ampliando o tempo de espera dos passageiros sem dinheiro trocado.
Quem não leva moeda, acaba obrigado a esperar  o dinheiro miúdo na parte da frente da condução, tendo de atravessar o corredor lotado pouco antes de seu destino.
A maior parte dos problemas, segundo os cobradores, acontece pela manhã, nas primeiras viagens, quando o caixa  está vazio. O DIÁRIO acompanhou ontem de perto a confusão.

A professora Rosângela Santos, de 33 anos, diz que, na terça-feira, teve de esperar a viagem toda, do centro à Vila Madalena,  até que o troco surgisse. “Eu uso Bilhete Único, mas tem hora que a carga acaba”, diz.

Jeito

Para contornar o problema, cobradores apelam para o velho “jeitinho”. Francisco Aldair Alves, de 39, que trabalha na linha Lapa-Barra Funda, fica com  parte das  moedas do dia anterior . “Eu deixo R$ 10 meus, em nota, para empresa e pego os trocados”.
Uma tática diferente é usada pelo motorista José Antônio da Silva, que trabalha com Alves: ele procura os camelôs que vendem café nos terminais após a primeira viagem. “Eles recebem dinheiro picadinho. Então, têm bastante troco”, diz.

Alguns passageiros começaram a andar com as moedas. “Assim evito transtorno”, diz Tarso Tutak, de 44. Mas a tarifa quebrada incomoda. “Parece essas lojas de R$ 1,99, onde nunca devolvem o último centavo”, afirma Manuela Reis.

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