Em reunião intermediada pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), lideranças indígenas se comprometeram neste sábado a não
invadir novas propriedades em Mato Grosso do Sul, além das fazendas já
ocupadas - Buriti, em Sidrolândia, e Esperança, em Aquidauana. O
compromisso foi firmado com a promessa do CNJ de intermediar um encontro
entre representantes dos indígenas com a presidente Dilma Rousseff até o
fim do prazo de 15 dias. As informações são do MSTV.
A reunião foi agendada para negociar uma saída pacífica
ao impasse gerado com a ordem de reintegração de posse da fazenda
Buriti. Na última quinta-feira, o indígena Osiel Gabriel, 35 nos, morreu
baleado durante operação da Polícia Federal, com apoio da Polícia
Militar. O cunhado de Oziel teve de ser retirado do local da reunião por
se recusar a entregar o arco e flecha que levava. O líder indígena
Alberto Terena se mostrou otimista com a possibilidade de encontro com
Dilma. "Por várias vezes foi quebrado o acordo. Agora, com uma
representação muito importante, de Brasília, eu creio que podemos dar um
encaminhamento, em busca do nosso direito. O que nós estamos buscando é
o direito constitucional", disse. Eduardo Riedel, presidente da
Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), disse que os
produtores rurais buscarão na Justiça seus direitos à propriedade. "Eles
(índio) querem se manter em áreas invadidas e que os proprietários
concordem com a invasão. E os proprietários não concordam, naturalmente.
As comunidades se comprometeram aqui a não mais invadir, e os
proprietários vão buscar na Justiça o seu direito à reintegração de
posse", garantiu.
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