quarta-feira, 12 de junho de 2013

Protesto contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem em São Paulo continuam

 

Pelo menos 16 pessoas foram detidas após o protesto contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem em São Paulo. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", dez foram presos sem direito a fiança, por formação de quadrilha, incêndio e danos ao patrimônio particular. Eles serão transferidos pela manhã para um CDP (Centro de Detenção Provisória) da capital.
Ainda de acordo com o jornal, uma pessoa, acusada de dano qualificado e incêndio, segue detida no 78º DP (Jardins) e terá que pagar uma fiança de R$20 mil para ser liberada. Outras quatro pessoas assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por pichação e desacato e foram soltas durante a madrugada.
O outro detido que foi libertado é um menor de 16 anos. Segundo a "Folha", cinco policiais militares ficaram feridos, sendo que uma PM feminina quebrou o braço.





De acordo com o balanço divulgado pela polícia, os manifestantes danificaram sete ônibus durante o protesto, que durou cerca de 6h. Foram apreendidos pela polícia objetos como fogos de artifício, placas, máscara de gás, extintores de incêndio e até um bicicleta.

Paulista só foi liberada ás 23h

Cerca de 5.000 manifestantes participaram do protesto, que começou por volta das 17h desta terça-feira (11) na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Eles seguiram em passeata pela região central, passando pela Consolação, pela Ligação Leste-Oeste e pela Liberdade. Diversas vias tiveram que ser interditadas.
A avenida Paulista só foi liberada para o tráfego por volta das 23h, após o término do protesto. A via, no entanto, ficou com um rastro de vandalismo, com vidros quebrados e pichações em agências bancárias, lojas, estações de metrô e base da PM.
O grupo também pichou muros e ônibus pelo caminho.
De acordo com a "Folha", o primeiro confronto ocorreu no terminal Parque Dom Pedro 2º, quando um grupo de manifestantes furou o cerco da polícia e entrou no local, onde mais ônibus foram danificados. Uma parte do grupo jogou pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.
Logo depois, os manifestantes se dividiram em grupos menores, mas novos confrontos foram registrados em pontos isolados, como na praça da Sé. Mais tarde, parte das pessoas voltou a se reunir na avenida Brigadeiro Luís Antônio, em direção à avenida Paulista, onde novos confrontos foram registrados.
Esse é o terceiro protesto feito contra o aumento das passagens de ônibus em menos de uma semana. Na quinta-feira, manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre fecharam avenidas como a Nove de Julho, a 23 de Maio e a Paulista. Houve confronto com a PM e os manifestantes deixaram um rastro de vandalismo.
A passagem foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.

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